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Professora utiliza vídeos para a aplicação de conceitos ensinados na disciplina de ergonomia

Professora utiliza vídeos para a aplicação de conceitos ensinados na disciplina de ergonomia

Diante da necessidade do isolamento social, ocasionada com a pandemia da Covid-19, algumas aulas práticas precisaram ser adaptadas. A professora Gabriela Unruh reinventou a sua prática e passou a produzir vídeos com o passo a passo das atividades. 

Neste novo contexto de aulas remotas, por conta da disseminação do coronavírus, muita coisa precisou ser adaptada. Na área da Educação, especialmente nas universidades, um grande impasse surgiu: como realizar as aulas práticas?  

A professora Gabriela Unger Unruh, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), refletiu sobre as mudanças vivenciadas e chegou à conclusão de que uma boa opção seria a produção de vídeos. Ela leciona a disciplina de Ergonomia, no curso de Design, considerada complexa por muitos alunos.  

Nos vídeos, Gabriela demonstrava o passo a passo de como analisar a ergonomia de um local ou objeto. Posteriormente, os estudantes também tiveram que produzir materiais no mesmo formato. 

A professora Gabriela Unruh “abriu as portas da sua casa” para os alunos. Para continuar com as aulas práticas, mesmo à distância, ela gravou vídeos nos quais analisou a ergonomia de alguns cômodos da sua residência.  

O uso de materiais audiovisuais foi adotado como uma estratégia para as aulas práticas, que antes da pandemia eram realizadas presencialmente. Neles, ao invés de observar carros e cozinhas – como era possível na universidade, por conta da oferta de cursos como Gastronomia e Engenharia Mecânica -, Gabriela analisou os cômodos da sua própria casa.  

Deste modo, foi possível manter a aplicação prática do conteúdo teórico no dia a dia dos alunos, como a professora inicialmente propunha em sua disciplina. Todo o processo de produção dos vídeos foi realizado do próprio celular da docente. Para isso, ela utilizou o aplicativo iMovie: iMovie – Apple (BR)

Este aplicativo, disponível para iPhone (iOS), iPad e Mac, permite produzir e editar conteúdos audiovisuais. Nele, os usuários podem fazer cortes, inserir músicas e imagens, mesclar vídeos, entre outras funções. Além da possibilidade de captação em alta definição. Para Android, existem aplicativos semelhantes, como o CapCut: CapCut – Video Editor – Apps on Google Play, basta realizar uma busca na Play Store

A dinâmica adotada por Gabriela foi a de passar para os alunos, inicialmente, a teoria. Os vídeos eram disponibilizados em seguida, para demonstrar o que foi conceituado. No momento da avaliação, os estudantes produziram relatórios e fizeram uma análise do seu próprio trabalho, que deveria também ser registrado por meio de fotos ou vídeos.  

Como dificuldade no processo, a professora apontou os problemas técnicos que eventualmente ocorriam no momento da gravação, como na captação do áudio, por exemplo. Quando isso acontecia, era necessário regravar os vídeos. Contudo, as dificuldades foram superadas com a utilização frequente do aplicativo, que resultou em seu maior domínio da interface. 

Gabriela percebeu que o feedback dos estudantes foi positivo, uma vez que, por meio dos vídeos, eles puderam acompanhar de forma detalhada o que deveria ser feito. Isso repercutiu, inclusive, na avaliação final, pois os alunos relataram que conseguiram estudar a teoria sem deixar de lado a aplicação prática.  

A professora defende a importância da afetividade na relação entre aluno e professor. Para ela, isso faz a diferença na aprendizagem e na vida dos estudantes: “Demonstrar o passo a passo de uma atividade é como mostrar um caminho a ser seguido”, destacou Gabriela. 

Motivada por suas vivências e experiências, a docente explicou que aprendeu aos poucos a forma mais adequada de trabalhar e, com um olhar mais afetivo para os alunos, conseguiu compreender a singularidade de cada um. Ela entendeu que o essencial é que cada estudante consiga aprender do seu próprio jeito. 

Gabriela objetiva que seus alunos se tornem profissionais humanos e empáticos, dessa forma, busca trazer isso para a sala de aula: com atividades práticas em contextos cotidianos, mas também com uma boa relação com os estudantes, que envolve paciência, flexibilidade e confiança. 

SAIBA MAIS

O artigo “Peer Instruction” aborda uma forma de aprendizagem ativa, que é a instrução em pares. O estudo discute quando, de que forma e por qual motivo utilizar esse recurso nas aulas. Disponível em: https://www.lifescied.org/doi/pdf/10.1187/cbe.18-02-0025.

Considerando a importância das tecnologias digitais para o processo de ensino e aprendizagem no Ensino Superior, o estudo “As tecnologias digitais nos percursos de sucesso acadêmico de estudantes não tradicionais do Ensino Superior” discute a utilização dessas tecnologias nos cursos de História e de Engenharia de Informática e Computação da Universidade do Porto. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/WcrSn45gb3vvWHMLP4F7RmQ/?lang=pt.

O artigo “Supporting Reflection and Reflective Practice in an Initial Teacher Education Programme: An Exploratory Study” é um estudo exploratório realizado em um programa inicial de formação de professores e aborda a prática reflexiva. Ao final, são exibidos os resultados da experiência e as necessidades que a área demanda. Disponível em: https://eric.ed.gov/?q=reflective+practice+%2b+education&id=EJ1308306.

Assista à entrevista com

Gabriela Unger Unruh

Vídeo dos conceitos

Depoimento do estudante

Nesse ciclo não foram coletados os depoimentos dos estudantes.

Materiais de apoio

Nesse ciclo não foram coletados materiais de apoio.

Autoria

Milena Nascimento

Curadoria

Milena Nascimento

Entrevista

Maria Fernanda Schneider

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